terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Continue a nadar....


Eu sei que o filme nem é tão novinho assim, mas sabe quando a experiência faz a pessoa?O que de praxe acontece com todo mundo.

Pois é.... Algumas experiências precisam acontecer umas dez vezes para cair a ficha. Isso aconteceu quando vi "Procurando Nemo" pela..... sei lá..... vigésima vez?!

Enfim.... O filme é lindinho, emocionante e blá blá blá... No entanto não foi apenas a deliciosa história e o cenário impecável e cheio de detalhes que me chamou a atenção. Foi uma das personagens mais divertidas e incríveis que já vi. Esses adjetivos todos são qualidades que depositei a Dory. Sem muitas explicações porque todo mundo já deve ter visto Nemo, e se não viu, está esperando o que?!

Vamos aos fatos:

Dory é uma peixinho que tem Amnésia, conversa com tubarões, brinca com águas vivas, luta contra peixes amedrontadores, não sabe que sabe ler e esquece que é poliglota, siiiiiiiim... ela fala “baleiês”.

A lição de tudo isso :

“Os loucos vivem mais do que os normais”. E por loucura leia-se pessoa fora do padrão (aquele que normalmente tentam impor). E a definição de viver aqui é o tal do Carpe diem, do viver a vida intensamente, sem pré definições do que se deve acontecer para que se viva de verdade. Sabe... “deixa a vida me levar, vida leva eu...”. Parto da idéia de que cada pessoa deveria criar seus próprios conceitos, a partir do momento que não obstrua ninguém e nem as leis que estão ai para que sejamos minimamente civilizados. Acredito que são nas diferenças que aprendemos muito mais.

Continuando a lição:

Dory era diferente e não estava nem ai, simplesmente sentia cada momento, ela possuía conhecimentos e utilizava-os apenas quando necessário, simples, que não buscava se sobressair e aceitava tudo e todos como eram, até tubarões que queriam comê-la, ela logo esquecia e prosseguia com tudo isso. Pequenina e estava pronta a explorar o oceano “imenso e azul” sem pensar nas possibilidades ruins do que poderia acontecer. Coragem acho que define muito bem isso, otimismo também. Louca? Talvez.... Mas muito mais feliz do que os outros considerados normais. Dory era assim porque tinha amnésia? Talvez....

Ela até poderia esquecer de certas coisas mas não do essencial, porque essencial “é aquilo que não se vê com os olhos” mas não dá para esconder, que sai de dentro para fora nos expondo e não tem como fugir, é aquele momento em que você dá a cara a tapa e todo mundo te conhece como é, e ela demonstrou possuir valores, era desprendida, companheira, amiga, intensa, otimista, corajosa, despreconceituosa e destas coisas não dá mesmo para esquecer quando se é de verdade.

Dory é uma vitoriosa, chegou onde queria e conquistou muito mais do que esperava, se tornando uma de minhas personagens preferidas atualmente.

Em momentos difíceis ela disse sabiamente “continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar, nadar, nadar, para achar a solução, nadar”. Olhe para frente. Possua amnésia, esqueça o que deve ser esquecido. Seja diferente. Fale estranhamente baleiês. Curta as pessoas, mesmo as que parecem ser incompatíveis. Brinque com tubarões. Aceite as diferenças. Pule numa água viva. Arrisque. Nade. E daí que você vai se machucar?! Todos precisam chegar a um lugar e ninguém chega a lugar nenhum sem escoriações.

Nade e chegue até lá se quiser encontrar a solução. Limpo, louco, cego, surdo e mudo, mas chegue lá e encontre a tal da solução.

No response to “Continue a nadar....”

Postar um comentário