terça-feira, 30 de novembro de 2010

Minhas mães e meu pai



Sem grandes expectativas, fui ver "Minhas mães e meu pai". Vi vários comentários, alguns positivos, alguns negativos, isso me deixou curioso, e só. A premissa do filme chama atenção, por se tratar de uma minoria injustiçada: os homossexuais. Trata-se de um casal de lésbicas que tem dois filhos, do mesmo doador de esperma. Dezoito anos depois, os filhos decidem conhecer seu gerador. E esse é o começo do filme.

Um filme desse gênero só podia dar certo com uma mulher na direção. Quem assume por aqui é a pouco conhecida, também roteirista, Lisa Cholodenko, que deixa a película neutra, assim como o doador de esperma, interpretado por Mark Ruffalo, que não mostra nada de diferente do que ele ja mostrou em outros filmes. Agora, as mães, interpretadas por Juliane Moore e Annete Benning, merecem uma salva de aplausos.

É dificil falar sobre "Minhas mães e meu pai", pois, mesmo sendo "diferente", se fossem usados casais tipicos (homem e mulher), a pelicula correria da mesma maneira. Acho que por isso o filme não tem tanto destaque, faltou alguma coisa. O mesmo acontece com o desfecho final do filme, que podia trazer alguns suspiros para a platéia, mas acaba caindo na mesmice de sempre.

"Minhas mães e meu pai" se mostra simples e correto, mas quando acaba, sentimos que faltou algo. Algo que podia ter feito toda a diferença, e talvez por isso, o filme acaba não sendo tão grande quanto deveria.

Destaque para a trilha sonora, composta por MGMT, Cansei de ser sexy, David Bowie e muitos outros.

One response to “Minhas mães e meu pai”

Mateus Denardin disse...

Quando você menciona que o filme correria da mesma maneira com um casal heterossexual, eu entendo isso como um ponto positivo do filme: a diretora não quis vasculhar as dificuldades de um par homossexual, mas sim as dificuldades que uma família qualquer pode ter. Mas isso é quase nada, já que o texto de Cholodenko é bem razoável, e o que salva mesmo são as boas (mas apenas isso) interpretações do elenco. Ruffalo, é verdade, está igual ao que sempre faz em filmes independentes (lembrei-me de CONTE COMIGO), e em nada justifica indicações a prêmios. Aliás, fosse um ano ideal, o filme não mereceria receber indicação alguma. Bom, apenas. 6/10
[Minha colega de blog também escreveu sobre o filme.]

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