quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Machete


Em 2007, Quentin Tarantino e Robert Rodriguez fizeram um projeto chamado Grindhouse, com o propósito de relembrar das grindhouses, locais onde passavam dois filmes juntos, pelo preço de um único ingresso. Filmes exploitation, filmes b, trashs eram as atrações principais. Como uma homenagem ao cinema sessentista/setentista desse gênero, Rodriguez fez sua parte com Planeta Terror e Tarantino com À prova de morte (que demorou longos três anos para ser lançado no Brasil). No intervalo desses filmes, passavam trailers fictícios, e foi assim que nasceu Machete.

Rodriguez é uma diretor bipolar. Com intervalo de dois anos, ele lançou Planeta terror e A pedra mágica. Vocês podem imaginar? O por que disso, eu já não sei. O que eu sei, é: quando Rodriguez decide fazer o certo, ele realmente volta às origens, fazendo jus aos filmes que o consagraram (Um drink no inferno, Era uma vez no méxico).

Em Machete, ele abusa tanto de situações clichês e personagens estereotipado intencionais, que o filme acaba se tornando a maior diversão do ano, talvez. O filme acontece logo após que Machete começa a ser perseguido pelo chefão do tráfico mexicano, interpretado por Steven Seagal. Seu refugio é o Texas, e a trama realmente começa quando Machete aceita um serviço de um tal "Michael Booth": Assassinar o senador       McLaughlin. Mas quando Machete vai por o plano em ação, descobre que tudo não passa de uma armadilha, e logo após, Machete quer vingança.

No filme você vai encontrar muito sangue, situações cômicas, enfermeiras com metralhadoras, Lindsay Lohan vestida de freira (que por motivos inexplicáveis, eu confundi com a Scarlett Johansson), Michele Rodriguez "caolha", Robert DeNiro vestido de mexicano e muitas outras coisas que você nunca imaginou presenciar.

Para dar suporte aos diálogos cômicos, falas como "Deus tem piedade. Eu não" ou "Nós não cruzamos a fronteira. A fronteira nos cruzou". Tudo isso sem perder o ritmo do roteiro, que segue, sanguinolento, até o final.

Robert Rodriguez transformou aquele trailer falso de Machete em um filme grande, que deixa "Os mercenarios" do Stallone no chão, chorando como uma criança manhosa. O verdadeiro significado de "Cinema pra macho".

One response to “Machete”

Ana Praconi disse...

Isso aí! Machete é macho pra caralho!!!

E de fato, os diálogos são um espetáculo a parte... principalmente o meu favorito: "Machete don't text"

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