sábado, 10 de julho de 2010

Sozinho contra todos

(Seul Contre Trous, 1999)


Com certeza o cinema francês vem me encantando cada vez mais. Títulos como C.R.A.Z.Y., O profeta e até mesmo o filme de terror que eu considero como mais horripilante , Martyrs, vem ocupando o topo da minha lista atual de filme preferidos. Por esse motivo, decidi correr atras de mais e mais títulos franceses. Então que eu leio a sinopse de "sozinho contra todos", e um comentario embaixo falando "não assista!". Como sou teimoso, assisti!

Logo no começo do filme, o personagem principal narra a vida dele - desde o nascimento, até os fatos atuais - em uma velocidade absurda. É tanta coisa pra digerir, que o telespectador até se perde em tantas tragédias. O filme realmente começa, quando ele sai da prisão e começa a trabalhar como garçom, onde começa a ter um caso com a dona do bar.

O filme é bem desagradável; para assistir, você tem que ter estomago e paciência. A maior parte do filme, se passa na cabeça do açougueiro francês, que vê tudo com muito ódio.  A repulsa que ele sente por negros, gays, alemães, mulheres, é cansativa.

Repleto com vocabulário baixo, cenas de nudez frontal, sexo explicito, muito ódio e algumas cenas de violência, o filme se alastra deixando o telespectador claustrofóbico.

Depois de 1 hora de pura insanidade, aparece um aviso na tela (Uma coisa que me chamou atenção no filme, foi sua edição, que a propósito, foi muito bem feita) : Aparece escrito que você tem trinta segundos para sair da sala de projeção! Algo absurdo estava por vir, e eu senti medo desse aviso. Logo mais, me segurei no sofá e encarei de frente. Antes tivesse saido da sala; O final é bem terrível, trazendo repulsa até aos mais fortes de estomago.

Por fim, ja era de se imaginar algo semelhante; eu não havia me dado conta que o diretor de "sozinho contra todos" é o mesmo diretor de "Irreversível" e do curta "Carne", Gaspar Noe. Quem viu "irreversível" sabe de que atmosfera tensa estou me referindo.

Uma experiência sombria, insana, obscura, que nos mostra até que ponto a mente fria de um homem pode chegar. Muitos gostam, muitos não gostam; tipico dilema que ronda o cinema marginal. Uma obra de arte ou um filme maldito? Uma obra de arte maldita, assim dizendo.

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